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O mundo dos automóveis no Brasil é cheio de mitos e estereótipos. Alguns desses mitos chegam a ultrapassar a bolha dos entusiastas e acabam no imaginário coletivo.
No entanto, mitos não são verdades absolutas e muitos já foram desmentidos há anos. Separamos cinco mitos que ainda ouvimos bastante nas redes sociais ou em conversas informais.
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1. Chevrolet: correia banhada a óleo

É inevitável mencionar um carro da Chevrolet sem que alguém traga à tona a correia banhada a óleo. Até mesmo em discussões sobre veículos elétricos da marca, essa questão surge.
A correia dentada banhada a óleo está presente apenas nos motores de 3 cilindros da marca, como o 1.0 aspirado, o 1.0 turbo e o 1.2 turbo. Problemas surgem apenas em casos de manutenção negligente, quando o óleo sem a aditivação adequada danifica o componente.
O alvoroço nas redes sociais foi tão intenso que a Chevrolet teve que agir para conter as críticas. Na linha 2026, adotou uma nova correia que resiste mais ao uso negligente, mas ainda requer o lubrificante correto para atingir a durabilidade prometida de 240 mil km.
2. Volkswagen: interior é todo em plástico

É verdade que os carros compactos atuais têm acabamentos menos sofisticados que os do passado. Quem não se lembra do Fiat Palio de primeira geração, com revestimento em tecido aveludado nas quatro portas?
Esse processo de simplificação começou no início dos anos 2000, com modelos como o Ford Fiesta e o Volkswagen Fox, que abusaram dos plásticos simples no interior. A aceleração desse processo veio com os carros criados para mercados emergentes, como o Renault Logan.
A Volkswagen não é diferente de outras marcas no uso de plástico duro no interior; o problema era a falta de variação de texturas e cores. Isso começou a mudar com o face-lift do Virtus, que trouxe um vinil no painel para simular um toque macio.
Com o Tera, a marca aumentou a quantidade de tecido nas portas dianteiras e introduziu novas texturas para os plásticos. O mito do interior sem graça está cada vez mais distante.
3. Peugeot: todos são bombas

Você sabia que a Peugeot era conhecida em vários países por vender carros robustos? Até hoje, é possível ver os antigos 504 rodando em locais extremos do continente africano e até na nossa vizinha Argentina.
O Brasil só recebeu a Peugeot oficialmente nos anos 90, uma época em que a marca começou a vender carros mecanicamente mais sofisticados. Isso, aliado à falta de especialização nas oficinas, resultou na fama de "bomba".
A chegada do 206 nacional não ajudou muito, pois o principal motor do compacto era o problemático 1.4 8 válvulas. Ele apresentava problemas na junta do cabeçote, que causava a mistura de óleo com o líquido de arrefecimento.
O hatch também tinha bieletas frágeis na suspensão e o câmbio automático da marca era o temido AL4. Já faz tempo que esses mitos ficaram no passado; o 207 ganhou suspensão mais robusta, o 1.4 foi substituído pelo 1.2 Puretech e o câmbio automático antigo deu lugar à caixa japonesa da Aisin, com 6 marchas.
Hoje, a Peugeot faz parte da Stellantis e compartilha toda a mecânica com os carros da Fiat. Os motores 1.0 e 1.0 Turbo da família Firefly não têm má fama. E no mercado de usados, há muitos carros com o antigo 1.6 16v da PSA, que também é robusto e fácil de manter.
4. Toyota: preços nas alturas

Os carros japoneses têm fama de serem caros pelo que oferecem, já que muitas vezes são menos equipados que a concorrência. A Toyota tem enfrentado forte concorrência nos principais segmentos em que atua no Brasil e acabou com esse mito.
Hoje, o Corolla Cross apresenta um custo-benefício melhor do que os rivais Volkswagen Taos e Jeep Compass. O mesmo ocorre com o Corolla sedã quando comparado ao Nissan Sentra.
Já a Hilux, eterna líder das picapes médias, chegou a ser vendida com descontos após o lançamento da nova Ranger. Até o finado Yaris estava com preços baixos, chegando a ser o hatch automático mais barato do Brasil.
5. BYD: não tem peça

A BYD iniciou um plano de expansão no Brasil, focando em aumentar o volume de vendas e o número de concessionárias. Isso, porém, não foi acompanhado por um amplo estoque de peças, e muitos proprietários enfrentaram longas esperas após colisões.
Esse mito sobre os carros da BYD ainda não foi totalmente eliminado. A marca criou um novo centro de distribuição no Espírito Santo, mas as reclamações persistem. Talvez a reputação melhore quando a fábrica de Camaçari (BA) começar a operar, mas ainda não há data para isso.
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